Zoombombing está prestes a resultar em grandes prejuízos financeiros para a empresa líder em videoconferências.
Segundo um relatório da Techcrunch, na segunda-feira, Zoom concordou em resolver uma ação judicial por violação de privacidade dos usuários, com um custo de $85 milhões para a empresa.
Essencial no procedimento apresentado em março de 2020, está o Zoombombing, que ocorre quando pessoas não convidadas conseguem acessar uma reunião no Zoom e, geralmente, tentam interrompê-la.
Durante a pandemia da COVID-19, houve um aumento significativo no uso de serviços de videoconferência, com o Zoom passando rapidamente de uma ferramenta utilizada principalmente por empresas para se tornar um aplicativo popular entre o público em geral.
No entanto, os desafios logo se intensificaram devido ao repentino aumento de popularidade. Vulnerabilidades que passavam despercebidas anteriormente estavam sendo exploradas por indivíduos mal-intencionados. Usuários maliciosos rapidamente perceberam o quão simples era acessar qualquer reunião do Zoom, bastando encontrar ou descobrir a URL privada de uma sessão.
As ligações profissionais foram perturbadas por indivíduos mal-intencionados, enquanto salas de aula virtuais foram inundadas com conteúdo impróprio. A questão da privacidade se tornou tão grave que o Zoom parou de trabalhar em novos recursos e passou a se concentrar apenas na resolução de problemas de segurança.
Além do Zoombombing, o documento também aborda preocupações de segurança envolvendo a divulgação de informações pessoais do serviço para empresas externas. No ano passado, foi descoberto que o Zoom compartilhava dados de forma não autorizada com plataformas como o LinkedIn e o Facebook.
O acordo ainda precisa ser aprovado por um juiz distrital dos EUA. Se aprovado, os clientes do Zoom podem ser elegíveis para um reembolso parcial de 15% de sua assinatura ou um valor de $25. Usuários adicionais também podem receber até $15.
Além da pactuação financeira, a Zoom também se comprometeu a aprimorar a segurança em sua plataforma e informar aos organizadores de reuniões quando um participante estiver utilizando aplicativos externos.
O Zoom já tinha resolvido uma reclamação da FTC no final do ano passado relacionada aos seus desafios com privacidade e segurança, porém o acordo não incluiu a necessidade de a Zoom compensar seus clientes ou pagar uma multa.
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